Não bastassem as incertezas que a segunda onda da covid-19 trouxe, os empresários tiveram ainda de conviver com o aumento dos custos da construção. Apesar disso, as empresas fecharam o ano no azul e estão otimistas com 2022. 

“Tivemos o melhor primeiro trimestre da nossa história”, diz Raphael Kallas, CEO do Grupo Kallas, referindo-se a 2022. O resultado, diz ele, vem de um planejamento realizado no último trimestre do ano passado.

A companhia ficou no 6.º lugar entre as incorporadoras, com 4.596 unidades lançadas e R$ 1,20 bilhão de VGV, e em 5.º na lista formada pelas construtoras, com 4.777 unidades com R$ 1,24 bilhão de VGV, de acordo com a Embraesp. 

Planejamento 

Já projetando um início de 2022 mais difícil – por conta da elevação da taxa básica de juros, financiamentos mais caros, aumento da inflação da construção e empreendimentos com preços mais elevados -, em outubro o grupo fez um planejamento de estoque para lançar com promoções no início deste ano.

O resultado, segundo Kallas, foram vendas de R$ 400 milhões, o maior volume para o período em toda a trajetória da incorporadora. 

Foi assim também no ano passado. Segundo Kallas, a despeito do susto que a segunda onda da covid-19 causou, a demanda permaneceu elevada. “O que mudou no ano passado – e permanece neste ano – é o tipo de empreendimento.

As pessoas passaram a buscar imóveis maiores, resultando em aumento de demanda por empreendimentos de médio e alto padrões”, diz. 

Outra mudança sentida foi o tempo de compra, maior do que era antes da pandemia. “As pessoas vão ao estande de vendas mais de uma vez e voltam em diferentes momentos para ‘sentir’ a localização.

E quando decidiam pela compra, não deixavam toda a documentação. Cautela foi a palavra que guiou o comprador no ano passado”, conta Kallas. 

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