No mês anterior exploramos um interessante tema relacionado ao bem estar e a saúde sob a ótica das terapias orientais, especificamente da medicina chinesa.
Conhecemos as 4 pilastras preventivas e de manutenção de saúde, e essas eram:
1. Meditação
2. Qi Gong
3. Feng Shui
4. Dieta
Nesse nosso novo encontro exploraremos mais a fundo o conceito e a pratica da primeira pilastra, a meditação.
Vale recapitular alguns pontos já mencionados, porém muito importantes. Devemos compreender a meditação através de dois métodos básicos: a meditação clássica e a meditação ativa.
Ambas as técnicas possuem a intensão de, através do controle respiratório, drenar e deixar fluir os pensamentos a ponto de encontrar o estado de Munen (ausência de pensamento). Quando alcançamos esse estado desencadeamos uma série de fenômenos energéticos e bioquímicos positivos, normalmente acompanhados da estabilização da frequência cardíaca que funciona como uma ativação de “modo de segurança”.
Nesse instante passamos a poupar energia através da diminuição da atividade cerebral e por consequência diminuímos o desgaste provocado por esse sistema que é conhecido como o que mais consome glicose no nosso corpo. Somadas a economia energética supra mencionada, ao realizarmos corretamente a meditação a captação do oxigênio ocorre de forma mais eficaz através da respiração abdominal que por si só também já preserva a energia na sua própria biomecânica (diferente da respiração torácica).
Vivemos em constantes bombardeios de informações e sensações e quando temos pensamentos negativos nosso corpo entende que estamos correndo algum tipo de risco e responde com a produção de cortisol, conhecido como o hormônio do “estresse“.
Esse elemento é responsável, entre outras tantas funções, em ativar o estado de alerta para um embate ou para a fuga, disponibilizando maior concentração de glicose no sangue (para o eventual confronto) o que pode gerar acúmulos e obviamente, um ambiente inflamatório. Altos níveis de Cortisol podem inibir a síntese proteica, o que inclui a produção de glóbulos brancos, ou seja os agentes protetores, suprimindo assim o sistema imunológico nos deixando mais vulneráveis a invasores externos.
Como pudemos perceber a meditação auxilia na captação e na canalização da energia proveniente da respiração e nos coloca no “modo de segurança” replicando dessa forma o sono regenerativo, momento onde o corpo realiza as manutenções e purificações gerais, promovendo a reconstrução de tecidos e a renovação de estruturas de diversos sistemas.
Indiscutivelmente os benefícios da pratica meditativa são diversos mas trago aqui algumas indagações finais:
A meditação é feita para todo mundo?
É fácil alcançar esses níveis mencionados?
Por que é tão difícil aquietar a mente?
Existem técnicas que facilitam a indução meditativa?
Vamos explorar essas questões no nosso próximo encontro e assim colocarmos tudo isso em pratica.
Um grande abraço a todos e até lá!
“Toda experiência é um veículo para atingir a iluminação”
Escrito por: Prof. Roberto de André.